A Star Alliance, maior aliança global de companhias aéreas, procura
um novo parceiro no espaço aéreo brasileiro. Com a anunciada saída da
TAM, que após a união das operações com a chilena LAN vai ingressar na
Oneworld em 2014, e a reduzida conectividade da Avianca (colombiana que
atua no país), o Brasil pode ter a médio-longo prazo dois operadores do
mercado dentro de uma mesma rede de parceiros estratégicos.
Embora ambas as companhias descartem a possibilidade de
voos mais altos, a Azul e, principalmente, a Gol são estrategicamente
cobiçadas nesse mercado.
Com a mudança de bandeira da TAM, maior
companhia aérea do país com 41,9% de share, ante 33,7% da Gol, segundo
dados da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, a Star Alliance
perderá a liderança de oferta de assentos na América Latina, sob risco
de cair para o terceiro posto.
Hoje, a Star tem 28,4% das poltronas através de seus
parceiros, como é o caso da Copa Airlines e da própria Avianca, seguida
pela Oneworld (15,4%) e Sky Team (11,7%).
Segundo as projeções da Capa (Centre for Aviation &
Innovata), a Oneworld terá 27% do mercado com a mudança da TAM, ante
16,8% da Star Alliance e os mesmos 11,7% da Sky. Em um cenário
hipotético, caso a Gol, hoje fora do cenário das alianças, siga para a
Sky Team, este grupo cresceria para 24,7%.
“É uma questão importante para ser avaliada. Um parceiro
forte na América do Sul, especialmente no Brasil, é fundamental. Tenho
certeza que todos os integrantes da Star Alliance avaliam essa questão,
embora isso não seja algo simples. Deve demorar alguns anos”, ilustrou
Nils Haupt, diretor de comunicação corporativa da Lufthansa, uma das
cinco fundadoras da Star, para as Américas.
Oficialmente, a Gol descarta qualquer aliança. “A
companhia segue um modelo de alianças bilaterais com diversas companhias
globais”, se limitou a dizer a companhia, em nota.
Desde que surgiu no mercado no início dos anos 2000, a
empresa da família Constantino sempre fugiu dos grupos de grandes
parceiros. No entanto, esse caminho pode ser inevitável, já que a
Oneworld avalia a possibilidade de vetar as alianças bilaterais de seus
membros.
Hoje, a Gol é parceria da American Airlines, da Iberia e da Qatar, todas no grupo da One.
Terceira maior do país com 17,3% de share, a Azul vê a
possibilidade de alianças apenas em um futuro distante. “Hoje não é
prioridade de modo algum. A nossa conectividade ainda é baixa e é isso
que importa em uma aliança. Temos pouco a oferecer”, diz Gianfranco
Beting, diretor de Comunicação e Marketing da Azul.
Postar um comentário